O relógio histórico Balthasar Martinot Boulle, vandalizado durante os atos de 8 de janeiro de 2023, foi restaurado e retornou hoje ao Palácio do Planalto.
O governo brasileiro e a Embaixada da Suíça realizaram o reparo da peça por meio de um Acordo de Cooperação Técnica, sem custos para o Brasil.
Antônio Cláudio Alves Ferreira, suspeito de danificar o relógio, está preso em Uberlândia.
A Polícia Federal o deteve em uma operação que investiga os envolvidos nos ataques às sedes dos Três Poderes, ocorridos no ano passado.
A prisão de Ferreira, mecânico do interior de Goiás, aconteceu em uma das principais cidades de Minas Gerais.
Fabricada no século XVII, a peça danificada foi um presente da corte francesa para Dom João VI e chegou ao Brasil em 1808.
O governo suíço conduziu a restauração, conforme o convênio entre os dois países.
A peça restaurada será recolocada em seu local original na quarta-feira (8), durante uma cerimônia marcada para o segundo aniversário dos ataques.
O evento contará com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e autoridades dos Três Poderes.
A peça reintegrará ao acervo federal com outras obras danificadas durante os atos, como a ânfora e as esculturas O Flautista e Galhos e Sombras.
O Supremo Tribunal Federal (STF) condenou Antônio Cláudio Alves Ferreira a 17 anos de prisão por associação criminosa armada, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e dano qualificado.
Ferreira utilizou substâncias inflamáveis para destruir patrimônio público, gerando grande prejuízo para a União.