A polícia encontrou o corpo do fotógrafo mineiro Flávio de Castro, de 36 anos, no Rio Sena, em Paris, após mais de um mês de desaparecimento.
O Consulado do Brasil em Paris confirmou, na sexta-feira (10/1), a informação recebida da polícia francesa sobre o falecimento do brasileiro.
Retiraram o corpo de Flávio do rio no último sábado (4/1) e, por meio de testes de DNA, confirmaram sua identidade.
O Itamaraty está em contato com os familiares de Flávio e se mantém disponível para oferecer assistência consular.
Desaparecimento
Flávio de Castro, natural de Campo Belo (MG), chegou a Paris em 1º de novembro de 2024 para participar de um casamento.
Ele estava acompanhado de seu sócio, Lucien Esteban, com quem compartilhou a administração da empresa de fotografia de eventos Toujours, localizada em Belo Horizonte.
O fotógrafo desapareceu após perder o voo de retorno ao Brasil, depois de cair no Rio Sena, nas proximidades da Torre Eiffel.
A queda
Após a queda, Flávio conseguiu entrar em contato com um amigo francês e informou que o levaram ao hospital Georges Pompidou, onde ele ficou internado.
Ao receber alta, ele retornou ao apartamento e a empresa responsável pelo aluguel do imóvel o ajudou a encontrar um novo local para se hospedar.
Amigos tentam entender o que aconteceu
Rafael Basso, professor de ética e amigo de Flávio, tentou acessar o prontuário médico de seu amigo durante o período de internação, sem sucesso.
Basso também entrou em contato com a agência de aluguel de imóveis Check My Guest, que confirmou que Flávio visitou a empresa, ainda com as roupas molhadas, para pedir mais uma noite de hospedagem.
Despedida e últimos momentos
No dia 25 de novembro, por volta das 20h, Flávio se despediu do amigo francês Alex Gautier, que havia conhecido dias antes no bairro de Châtelet.
Gautier, em entrevista à Folha de S. Paulo, contou que Flávio mencionou que iria fazer a mala e dar um último passeio noturno, mas não quis incomodá-lo.
“Eu entendi que ele não queria que eu fosse com ele e voltei para casa. Depois, ele me mandou mensagens dizendo que teve uma super estadia e que a viagem foi inesquecível”, contou Gautier.
No dia seguinte, Flávio enviou a Gautier uma foto da pulseira de emergência do hospital Georges Pompidou, informando que havia caído no Sena e permanecido no hospital das 6h às 12h devido à hipotermia.
Nesse dia, a temperatura mínima em Paris foi de 8°C. Flávio também avisou ao amigo que havia ido à agência Check My Guest para prorrogar sua estadia por mais uma noite, e a agência teria emprestado roupas secas a ele.
O Consulado do Brasil em Paris, junto ao Itamaraty, segue em contato com a família de Flávio para garantir que todas as providências necessárias sejam tomadas.