A rede de lojas Havan, sob o comando do empresário Luciano Hang, tem adotado uma abordagem polêmica para lidar com furtos em suas unidades: a divulgação de imagens de suspeitos em suas redes sociais.
A prática, que começou em agosto de 2024, rapidamente ganhou notoriedade e gerou debates nas plataformas digitais.
Os vídeos publicados pela Havan, intitulados de forma irônica como “amostradinhos do mês”, fazem alusão à expressão popular que descreve comportamentos ousados ou imprudentes.
O conceito também remete ao tradicional “funcionário do mês”, usado por empresas para premiar colaboradores destacados.
Em novembro, um dos vídeos compartilhados no X (antigo Twitter) ultrapassou 1,3 milhão de visualizações, destacando imagens de indivíduos flagrados furtando produtos das lojas.
“Quem furtar na Havan será pego e ainda vai ficar famoso!”, declarou Hang em suas redes sociais, convidando os seguidores a assistirem e compartilharem os registros.
A Havan justifica a iniciativa alegando um aumento significativo de furtos desde a pandemia, mesmo com o uso de um sistema avançado de segurança que inclui monitoramento por câmeras 24 horas, inteligência artificial e reconhecimento facial.
A tecnologia permite rastrear clientes desde o momento de entrada até a saída das lojas.
Hang argumenta que medidas tradicionais, como acionar a Polícia Militar e registrar boletins de ocorrência, têm se mostrado insuficientes para conter a prática.
“A única forma de inibir é a vergonha”, afirmou o empresário, em um comunicado oficial.
Os vídeos, que mostram casos ocorridos em diferentes filiais da rede, são escolhidos por apresentarem registros claros das ações ilícitas.
No TikTok, onde a Havan também compartilha os conteúdos, um vídeo publicado em setembro alcançou impressionantes 16 milhões de visualizações.
A Havan divulgou recentemente o vídeo que mostra a ação dos “amostradinhos” no mês de Dezembro.