A médica neurologista Claudia Soares Alves, acusada de sequestrar uma recém-nascida na maternidade do Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (HC-UFU), foi solta após decisão da Justiça de Goiás.
A liberação ocorreu na última terça-feira (25), quando o alvará foi cumprido na Unidade Prisional Regional Feminina de Orizona (GO), onde ela estava presa há cerca de oito meses.
O Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO) não informou os motivos que levaram à concessão da liberdade provisória.
Indiciada por tráfico de pessoas e falsidade ideológica
A médica foi indiciada em agosto de 2024 pelos crimes de tráfico de pessoas e falsidade ideológica, após ser localizada pela Polícia Civil em Itumbiara, a aproximadamente 135 km de Uberlândia, com a bebê.
O crime ocorreu na noite de 23 de julho, quando Claudia entrou no hospital vestida como profissional de saúde, usando luvas, máscara e um crachá da UFU.
Segundo as investigações, ela se dirigiu ao quarto onde a recém-nascida estava e se apresentou ao pai da bebê, que tinha apenas três horas de vida, como pediatra.
Alegando que levaria a criança para alimentá-la, retirou-a do local e saiu do hospital em direção ao carro.
A Polícia Civil de Minas Gerais prendeu a médica algumas horas depois, em Itumbiara.
Em depoimento, ela afirmou ter passado por um surto psicótico e disse ter feito uso de medicação antes do crime.
As investigações ainda apontaram que Claudia está registrada no Cadastro Nacional de Adoção e obteve parecer psicológico favorável ao processo, com base em documentos apresentados por ela.