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Por que políticos de direita evitaram Bolsonaro em SP

Ausência de deputados e até de Odelmo revela esforço da direita mineira para se descolar do bolsonarismo

Adelino Júnior
Dep. Zé Vitor, Dep. Ana Paula e Odelmo LeãoMontagem: Regionalzão

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O ato com Jair Bolsonaro em São Paulo, na semana passada, escancarou uma divisão que já vinha se desenhando nos bastidores da política: ser de direita não é mais, necessariamente, ser bolsonarista.

No Triângulo Mineiro, por exemplo, apenas um deputado marcou presença no evento: Cristiano Caporezzo, conhecido por seu alinhamento irrestrito ao ex-presidente. Nenhum outro nome da região que se apresenta como conservador ou liberal se juntou à multidão — nem mesmo figuras com histórico de proximidade com Bolsonaro.

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A ausência chamou atenção. E o silêncio também.

Outros nomes da direita regional evitaram o ato, apesar do histórico de alinhamento com pautas conservadoras. E isso está longe de ser coincidência.

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Alguns se destacam por um discurso mais técnico e institucional, evitando temas ideológicos inflamados. Nos bastidores, a avaliação é de que o bolsonarismo começa a deixar de ser um ativo político, passando a ser um risco, especialmente nas bases urbanas e em setores empresariais que apostam em estabilidade.

Na Femec 2025, em Uberlândia, o tom foi o mesmo. Entrevistei o pré-candidato à Presidência Ronaldo Caiado (União), governador de Goiás. Seu discurso foi de equilíbrio, foco em produção, segurança jurídica e nenhuma menção a pautas extremistas. Caiado tenta se viabilizar como nome da direita moderada — algo cada vez mais valioso no xadrez de 2026.

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Mas o caminho dele não será fácil. Caiado ainda é desconhecido em boa parte do Brasil, e sua pré-campanha precisa crescer dentro da própria direita. Para isso, terá que enfrentar nomes pesados como Tarcísio de Freitas (Republicanos), atual governador de São Paulo e herdeiro direto do capital político bolsonarista.

Assim, o campo da direita se redesenha com novas fronteiras: entre os que ainda apostam na fidelidade a Bolsonaro — como Caporezzo — e os que preferem o caminho da moderação, como Caiado e outras lideranças regionais que agora optam pelo silêncio.

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A pergunta que paira é simples, mas profunda: ser de direita ainda significa ser bolsonarista?

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1 comentário
  • Racha na direita uma ova. Minas Gerais continua firme com Bolsonaro, haja visto a presença de Ronei Zema. Todos querem capitalizar com Bolsonaro e olha que havia mais de 400.000 pessoas naquela manifestação!. Muita coisa para uma ideologia rachada.

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