Zema e Caiado estarão juntos na Femec 2025 em Uberlândia, em cenário que favorece articulação de Simões com Odelmo

A cerimônia de abertura da Femec 2025, marcada para segunda-feira em Uberlândia, será o palco de mais um encontro entre Romeu Zema (Novo) e Ronaldo Caiado (União Brasil). A expectativa é de que a troca de afagos públicos entre os dois governadores reforce um novo capítulo da aproximação que, nos bastidores, tem cara de ensaio para 2026.

A confirmação das presenças ainda não consta na agenda oficial dos governadores mas já é tratada como certa nos bastidores.

Zema, cada vez mais isolado dentro da extrema direita, vem buscando uma saída estratégica para continuar em cena após o fim do mandato, e tem encontrado em Caiado uma dobradinha promissora. O goiano, por sua vez, é um dos nomes fortes da direita moderada para a próxima corrida presidencial — apesar de muitos especialistas políticos apontarem que Goiás, sozinho, não tem força política suficiente para eleger um presidente.

Caiado já anunciou sua pré-candidatura à Presidência da República. Em um movimento que gerou repercussão nacional, o cantor Gusttavo Lima chegou a ser citado por ele como possível vice. Entretanto, na última semana, o artista comunicou a retirada de sua pré-candidatura à vice-presidência. Esse recuo abriu espaço para que Zema volte a ser considerado como um nome viável para compor uma chapa com o goiano em 2026.

Zema e Caiado

Ambos os governadores miram no discurso de eficiência e pragmatismo. A ponte entre Minas e Goiás — geográfica, logística e política — tem um ponto central: Uberlândia. A cidade, cortada por rodovias estratégicas como a BR-050 e sede de uma poderosa base agrícola e industrial, já é referência no modelo de gestão defendido por Zema. Agora, pode ser vitrine de uma possível aliança.

Enquanto isso, na subtrama

E não para por aí. Como revelou a Coluna Poder, Odelmo Leão (PP), ex-prefeito de Uberlândia, é cotado para ser o vice de Mateus Simões (Novo) na disputa ao governo de Minas em 2026. Isso fortaleceria ainda mais o vínculo político entre o Triângulo Mineiro e a atual gestão estadual — e, de quebra, poderia garantir um palanque forte para Caiado no segundo maior colégio eleitoral mineiro.