Os jogadores do Corinthians enfrentaram no avião a primeira “guerra” do Mundial de Clubes. Para que todo o grupo comece a se adaptar ao fuso horário que enfrentará no Japão, a comissão técnica não permitiu que os atletas dormissem por muito tempo no voo que levou a delegação de Guarulhos até Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, onde a equipe ficará até quarta-feira.
O avião partiu da região metropolitana de São Paulo por volta das 2h (horário de Brasília) de terça-feira. Todos os jogadores e a diretoria do clube viajaram na classe mais luxuosa. Mesmo assim, os jogadores só puderam dormir até 11h (de Brasília), 17h no horário do Oriente Médio. A chegada a Dubai ocorreu por volta de 16h (de Brasília, 22h no horário local).
Para passar o tempo, os atletas alternaram atividades. Isolados do restante do avião por cortinas, eles jogaram videogame, utilizaram outros aparelhos eletrônicos e, claro, usaram o tempo para conversar.
– Eu fiquei conversando com o Ralf e o Paulo André. Aproveitei para ganhar experiência com ele – afirmou o atacante Romarinho.
O centroavante Paolo Guerrero, com um problema no joelho direito, passou boa parte da viagem com a perna esticada e recebendo cuidados dos fisioterapeutas Bruno Mazziotti e Caio Mello. O peruano é dúvida para o Mundial.
Apesar do longo tempo de voo, os jogadores optaram pela discrição. Apenas o volante Paulinho e o atacante Jorge Henrique transitaram rapidamente pelas outras partes da aeronave. Com as restrições impostas pela companhia aérea, os jornalistas tiveram pouco acesso aos atletas.
Paulinho, aliás, ajudou torcedores a conseguir autógrafo dos alvinegros. Como eles não poderiam acessar a parte destinada aos atletas, o volante levou as camisas para que os companheiros assinassem.
– Nós vamos para ver o Mundial, mas não sabíamos que esse era o voo do Corinthians. Demos sorte – disse uma das torcedoras.