De acordo com o entendimento coletivo, calçada é lugar de pedestres, e por este motivo é necessário que ela esteja em boas condições e seja de fácil acesso a todas as pessoas. Isso era o que deveria acontecer, porém a falta de acessibilidade nas calçadas de vários bairros do município é uma triste realidade enfrentada pela comunidade.
Seja pela falta de limpeza e manutenção, seja por serem muito estreitas, ou até mesmo pela inexistência delas em muitos locais, os pedestres seguidamente ficam sem local para transitar e se arriscam nas vias públicas, dividindo espaço com automóveis, bicicletas e motocicletas. Como falta conscientização por parte de alguns moradores, o poder público responsável deve fiscalizar e notificar as calçadas que não estão acessíveis aos pedestres. As principais vítimas desse descaso dos proprietários acabam sendo as crianças, idosos e deficientes físicos e visuais que precisam passar por locais precários em manutenção e nem sempre conseguem. É de responsabilidade dos moradores cuidar da limpeza e manutenção das suas calçadas.
Portadores de necessidades sofrem mais com problema.
As calçadas sem qualidade e os locais inacessíveis inibem a circulação de pessoas com alguma deficiência física. Estreitas e cheias de obstáculos, elas muitas vezes escondem armadilhas para deficientes físicos que têm as calçadas como as maiores inimigas. Além disso, outro fator preocupante é a falta de educação da população que diversas vezes não respeitam as vagas de estacionamentos reservadas por Lei a estas pessoas e também estacionam de frente para rampas, impossibilitando os mesmos de ir e vir.
De acordo com Bruno Silva Campos,30 anos, teve que aprender a lidar com essas dificuldades há seis anos, quando sofreu um acidente de moto que o obrigou a andar de cadeira de rodas. “São três os fatores mais críticos em Ituiutaba: Estabelecimentos comerciais sem acesso, as rampas de acesso que existem nas calçadas muitas vezes estão danificadas e ou muito inclinadas e por último obstruções nas calçadas.”
De acordo com dados da Associação dos deficientes físicos existe cerca de 600 pessoas que enfrentam essas dificuldades.