Enquanto cresce o número de residências em Minas que contam com redes de abastecimento de água e de esgotamento sanitário, ainda falta avançar bastante no que diz respeito ao tratamento desse esgoto que, em 78% dos municípios do Estado, vai direto para os rios. Isso foi o que revelou os dados do Sistema Estadual de Informações sobre o Saneamento (Seis), divulgado ontem pela Fundação João Pinheiro em parceria com a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Regional e Política Urbana (Sedru).
Se, por um lado, esses números mostram um avanço no saneamento básico no Estado, por outro gera um alerta em função do aumento da geração de esgoto, que em sua maioria ainda não é tratado. A pesquisa mostrou que houve um avanço tímido no número de municípios que possuem tratamento dos resíduos. Apenas 22% das cidades mineiras contavam com estações de tratamento em 2011. Em 2009, esse percentual era de 20%.
“Com o acesso a água encanada e a rede de esgoto é natural que haja um aumento no volume de esgoto gerado. Quando não há uma estação de tratamento, essa água poluída volta para os rios e vai prejudicar o abastecimento nas cidades que estão abaixo. Por isso, é preciso investir nas estações de tratamento para que a cadeia do saneamento seja completa”, explicou a pesquisadora da Fundação João Pinheiro, Denise Maia.
As áreas com os melhores índices de tratamento do esgoto são a região metropolitana, com 50% das cidades contempladas, seguida pela Noroeste do Estado (47%). A pior situação está na Zona da Mata, onde apenas 9% das cidades tratavam o esgoto em 2011.
O Tempo