No 4º trimestre de 2013, expansão foi de 1,1%, acima do índice nacional, que foi de 0,7%. O documento foi disponibilizado pela Fundação João Pinheiro.
A economia mineira cresceu a uma taxa média anual de 3,6% entre 2010 e 2013, acumulando uma expansão de 15,3% nestes quatro anos. Nesse mesmo período, o país registrou uma média anual de crescimento de 3,4% ao ano, com um aumento acumulado de 14,2%. Este levantamento foi realizado com base em informações do boletim Informativo CEI – Produto Interno Bruto – 4º trimestre 2013, que traz também a taxa acumulada no ano passado. O documento foi disponibilizado nesta terça-feira (11) no site daFundação João Pinheiro.
“Esta diferença entre as taxas de Minas Gerais e Brasil foi favoravelmente influenciada pelo desempenho da indústria de extração mineral e da indústria de transformação em 2010, recuperando as grandes perdas de 2009, mas negativamente afetada pelo comportamento da produção e distribuição de energia e saneamento em 2013”, observa a presidente da Fundação João Pinheiro, Marilena Chaves.
Considerando a desagregação setorial das Contas Trimestrais de Minas Gerais no período 2010-2013, com exceção da agropecuária, que teve desempenho ligeiramente inferior ao nacional, e do setor de produção e distribuição de energia e saneamento, influenciado pelo colapso na geração hidroelétrica no ano de 2013, todos os demais setores apresentaram performance superior à nacional em Minas Gerais.
Dois setores específicos – a indústria extrativa mineral e a de transformação – foram os mais importantes para se entender a diferença de desempenho entre Minas Gerais e Brasil no período 2010-2013, não apenas pelo peso que estes segmentos representam para a economia do Estado, mas também pelo desempenho superior no ano de 2010, que, em parte, simbolizou a reposição das grandes perdas ocorridas no ano de 2009.
“Em 2011, por exemplo, que é o ano da última estrutura de ponderação disponível para as atividades econômicas do estado, a indústria extrativa mineral e a de transformação representavam, respectivamente, 8,0% e 15,3% do valor adicionado total pela economia mineira. No Brasil, o peso para as mesmas atividades econômicas no valor adicionado pela economia brasileira em 2011 foi de, respectivamente, 4,1% e 14,6%”, explica Frederico Poley, diretor do Centro de Estatística e Informações da FJP.
No caso da indústria extrativa mineral em Minas Gerais, a queda de 23,6% no volume do valor adicionado em 2009 foi compensada com a expansão de 29,0% em 2010, favorecida, sobretudo, pelo aumento nos preços praticados em relação ao minério de ferro. Da mesma forma, a indústria de transformação estadual, em 2010, foi beneficiada pelo excelente desempenho da cadeia produtiva de manufaturados metálicos (metalurgia e siderurgia).
No período avaliado, o crescimento médio anual das economias mineira e brasileira na agropecuária foi praticamente igual: 3,6% e 3,7%, respectivamente. No setor de serviços, a expansão registrada para Minas Gerais entre 2010 e 2013 foi de 3,3%, enquanto, para o Brasil, foi de 3,0%.
O gráfico a seguir mostra a evolução do PIB em Minas e no Brasil, no período de 2010 a 2013:
No 4º trimestre de 2013 economia de Minas também cresceu acima do PIB nacional
Após dois trimestres de expansão em ritmo moderado, a economia de Minas Gerais voltou a crescer de forma mais acelerada nos três últimos meses de 2013, registrando incremento de 1,1% em relação ao trimestre anterior. No mesmo período, a expansão da economia nacional foi de 0,7%.
O crescimento estadual resultou do desempenho positivo do setor agropecuário (4,9%), especialmente pela boa safra de trigo e pelo desempenho das culturas de batata-inglesa e do feijão terceira safra, além da banana e da laranja.
A recuperação da produção e distribuição de energia e saneamento (4,2%), muito prejudicada no primeiro semestre do ano passado, também contribuiu para a expansão da economia mineira. “Desde 2008 a matriz de geração de energia hidroelétrica em Minas Gerais não tinha sofrido um impacto tão forte de condições climáticas adversas, com períodos tão severos de seca”, observa o coordenador de Contas Regionais do Centro de Estatística e Informações da FJP, Raimundo Leal.
A manutenção do ritmo de crescimento do setor de atividades imobiliárias e aluguéis (0,6%) e a tímida expansão nos setores de comércio (0,4%) e da indústria de transformação (0,3%) também contribuíram para o resultado positivo da economia de Minas no último trimestre do ano. Por outro lado, a indústria extrativa mineral (-1,3%) e a construção civil (-0,6%) apresentaram desempenho desfavorável nos três últimos meses de 2013.
Resultado anual
Com o resultado do quarto trimestre, a estimativa para a variação real do PIB estadual no acumulado de 2013 foi de 0,5% em relação à média de 2012. Esta taxa de crescimento pode ser explicada pelo desempenho positivo do índice de volume do valor adicionado dos serviços (1,6%) e, em certa medida, da agropecuária (0,5%) e pelo desempenho negativo da indústria (-1,8%).
Em uma análise setorial mais específica, a agropecuária foi favorecida pela estabilidade na produção do café, que não foi afetada pelo tradicional efeito da bianualidade da cultura. “O comportamento da safra de café em 2013 foi surpreendente, contribuindo de forma bastante positiva para que o PIB agropecuário de Minas encerrasse o ano com resultado positivo”, afirma Frederico Poley.
Já o setor industrial foi bastante prejudicado pela performance desfavorável da indústria extrativa mineral (-6,1%) e pelo nível baixo de água no lago de Furnas, sobretudo no primeiro semestre, o que culminou em uma retração de -6,7% no ano para a produção e distribuição de energia e saneamento.
“Além desses setores, dentro da indústria de transformação foi inesperada a retração na produção física de veículos automotores no estado em 2013, captada pela Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física, do IBGE, tendo em vista o crescimento da produção do setor nos demais estados”, avalia o pesquisador do CEI, Thiago Almeida.
No país, a estimativa de crescimento acumulado de 2013 foi de 2,3%. O resultado foi favorecido pelo excelente desempenho no índice de volume do valor adicionado pela agropecuária (7,0%), com a excepcional safra de soja, principalmente no Mato Grosso e no Rio Grande do Sul, no segundo trimestre do ano; e pela evolução positiva nos serviços (2,0%) e na indústria (1,3%), alavancada, sobretudo, pela indústria de transformação (1,9%), com Rio Grande do Sul, Paraná e Goiás apresentando os melhores resultados.
A tabela a seguir mostra a variação do PIB de Minas em 2013:
Revisão
Importante destacar que estes resultados são preliminares e, por isso, estão sujeitos a revisão. Como o IBGE está em processo de elaboração de uma “nova base”, com aperfeiçoamentos metodológicos no cálculo e incorporação das novas recomendações internacionais – em que 2010 será o ano de referência -, as informações divulgadas sofrerão algum tipo de revisão. A expectativa é que os dados definitivos do PIB, de 2010 em diante, sejam divulgados em 2015.
Fonte: Agência Minas
“Esta diferença entre as taxas de Minas Gerais e Brasil foi favoravelmente influenciada pelo desempenho da indústria de extração mineral e da indústria de transformação em 2010, recuperando as grandes perdas de 2009, mas negativamente afetada pelo comportamento da produção e distribuição de energia e saneamento em 2013”, observa a presidente da Fundação João Pinheiro, Marilena Chaves.
Considerando a desagregação setorial das Contas Trimestrais de Minas Gerais no período 2010-2013, com exceção da agropecuária, que teve desempenho ligeiramente inferior ao nacional, e do setor de produção e distribuição de energia e saneamento, influenciado pelo colapso na geração hidroelétrica no ano de 2013, todos os demais setores apresentaram performance superior à nacional em Minas Gerais.
Dois setores específicos – a indústria extrativa mineral e a de transformação – foram os mais importantes para se entender a diferença de desempenho entre Minas Gerais e Brasil no período 2010-2013, não apenas pelo peso que estes segmentos representam para a economia do Estado, mas também pelo desempenho superior no ano de 2010, que, em parte, simbolizou a reposição das grandes perdas ocorridas no ano de 2009.
“Em 2011, por exemplo, que é o ano da última estrutura de ponderação disponível para as atividades econômicas do estado, a indústria extrativa mineral e a de transformação representavam, respectivamente, 8,0% e 15,3% do valor adicionado total pela economia mineira. No Brasil, o peso para as mesmas atividades econômicas no valor adicionado pela economia brasileira em 2011 foi de, respectivamente, 4,1% e 14,6%”, explica Frederico Poley, diretor do Centro de Estatística e Informações da FJP.
No caso da indústria extrativa mineral em Minas Gerais, a queda de 23,6% no volume do valor adicionado em 2009 foi compensada com a expansão de 29,0% em 2010, favorecida, sobretudo, pelo aumento nos preços praticados em relação ao minério de ferro. Da mesma forma, a indústria de transformação estadual, em 2010, foi beneficiada pelo excelente desempenho da cadeia produtiva de manufaturados metálicos (metalurgia e siderurgia).
No período avaliado, o crescimento médio anual das economias mineira e brasileira na agropecuária foi praticamente igual: 3,6% e 3,7%, respectivamente. No setor de serviços, a expansão registrada para Minas Gerais entre 2010 e 2013 foi de 3,3%, enquanto, para o Brasil, foi de 3,0%.
O gráfico a seguir mostra a evolução do PIB em Minas e no Brasil, no período de 2010 a 2013:
No 4º trimestre de 2013 economia de Minas também cresceu acima do PIB nacional
Após dois trimestres de expansão em ritmo moderado, a economia de Minas Gerais voltou a crescer de forma mais acelerada nos três últimos meses de 2013, registrando incremento de 1,1% em relação ao trimestre anterior. No mesmo período, a expansão da economia nacional foi de 0,7%.
O crescimento estadual resultou do desempenho positivo do setor agropecuário (4,9%), especialmente pela boa safra de trigo e pelo desempenho das culturas de batata-inglesa e do feijão terceira safra, além da banana e da laranja.
A recuperação da produção e distribuição de energia e saneamento (4,2%), muito prejudicada no primeiro semestre do ano passado, também contribuiu para a expansão da economia mineira. “Desde 2008 a matriz de geração de energia hidroelétrica em Minas Gerais não tinha sofrido um impacto tão forte de condições climáticas adversas, com períodos tão severos de seca”, observa o coordenador de Contas Regionais do Centro de Estatística e Informações da FJP, Raimundo Leal.
A manutenção do ritmo de crescimento do setor de atividades imobiliárias e aluguéis (0,6%) e a tímida expansão nos setores de comércio (0,4%) e da indústria de transformação (0,3%) também contribuíram para o resultado positivo da economia de Minas no último trimestre do ano. Por outro lado, a indústria extrativa mineral (-1,3%) e a construção civil (-0,6%) apresentaram desempenho desfavorável nos três últimos meses de 2013.
Resultado anual
Com o resultado do quarto trimestre, a estimativa para a variação real do PIB estadual no acumulado de 2013 foi de 0,5% em relação à média de 2012. Esta taxa de crescimento pode ser explicada pelo desempenho positivo do índice de volume do valor adicionado dos serviços (1,6%) e, em certa medida, da agropecuária (0,5%) e pelo desempenho negativo da indústria (-1,8%).
Em uma análise setorial mais específica, a agropecuária foi favorecida pela estabilidade na produção do café, que não foi afetada pelo tradicional efeito da bianualidade da cultura. “O comportamento da safra de café em 2013 foi surpreendente, contribuindo de forma bastante positiva para que o PIB agropecuário de Minas encerrasse o ano com resultado positivo”, afirma Frederico Poley.
Já o setor industrial foi bastante prejudicado pela performance desfavorável da indústria extrativa mineral (-6,1%) e pelo nível baixo de água no lago de Furnas, sobretudo no primeiro semestre, o que culminou em uma retração de -6,7% no ano para a produção e distribuição de energia e saneamento.
“Além desses setores, dentro da indústria de transformação foi inesperada a retração na produção física de veículos automotores no estado em 2013, captada pela Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física, do IBGE, tendo em vista o crescimento da produção do setor nos demais estados”, avalia o pesquisador do CEI, Thiago Almeida.
No país, a estimativa de crescimento acumulado de 2013 foi de 2,3%. O resultado foi favorecido pelo excelente desempenho no índice de volume do valor adicionado pela agropecuária (7,0%), com a excepcional safra de soja, principalmente no Mato Grosso e no Rio Grande do Sul, no segundo trimestre do ano; e pela evolução positiva nos serviços (2,0%) e na indústria (1,3%), alavancada, sobretudo, pela indústria de transformação (1,9%), com Rio Grande do Sul, Paraná e Goiás apresentando os melhores resultados.
A tabela a seguir mostra a variação do PIB de Minas em 2013:
Revisão
Importante destacar que estes resultados são preliminares e, por isso, estão sujeitos a revisão. Como o IBGE está em processo de elaboração de uma “nova base”, com aperfeiçoamentos metodológicos no cálculo e incorporação das novas recomendações internacionais – em que 2010 será o ano de referência -, as informações divulgadas sofrerão algum tipo de revisão. A expectativa é que os dados definitivos do PIB, de 2010 em diante, sejam divulgados em 2015.
Fonte: Agência Minas