O deputado federal Weliton Prado (Pros-MG) oficializou proposta que determina a aplicação de terceira dose ou reforço de imunizante contra a Covid-19, chamada de Lei Tarcísio Meira. O projeto de lei 2818/2021 foi apresentado na Câmara dos Deputados nesta quinta-feira (12), dia marcado pela morte de Tarcísio Meira, um dos maiores atores da história da TV brasileira, que tinha sido imunizado com duas doses da vacina contra o coronavírus, mas contraiu a doença e estava internado desde a última sexta-feira (6).
O Projeto de Lei (PL) determina que o governo federal disponibilize e garanta a aplicação de doses de reforço nas vacinas contra o coronavírus como medida para proteger a população contra novas ondas e, principalmente, para combater a circulação do vírus e suas variantes no Brasil. O projeto leva o nome do ator que faleceu nesta quinta, vítima de Covid, mesmo tendo sido vacinado. A proposta tem como objetivo também chamar a atenção para a necessidade de reforçar a imunização para as pessoas vacinadas no começo da campanha nacional.
“Já temos conhecimento de muitas mortes de pessoas vacinadas contra a Covid-19, principalmente os idosos, levantando a preocupação para a necessidade de reforçar a vacinação nesses grupos”, justifica o parlamentar no projeto. “Com a circulação das variantes Delta e Gama pelo Brasil, é preciso garantir mais proteção à população, salvando vidas, evitando os efeitos da doença e longas internações. Chile, Uruguai e República Dominicana já começaram a aplicação da terceira dose e os Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha e Israel já pretendem reforçar a vacinação das pessoas com sistema imunológico mais frágil”, completa o deputado na proposição.
Estudos feitos na China já mostram a eficácia de uma terceira dose da vacina contra o coronavírus. A Sinovac anunciou, nesta semana, os resultados de dois estudos que apontaram para a eficácia de uma terceira dose do imunizante desenvolvido pela farmacêutica chinesa contra o coronavírus, a Coronavac. Uma das pesquisas, conduzida na China, analisou o uso do imunizante em adultos saudáveis entre 18 e 59 anos. De acordo com os testes, a aplicação de uma terceira dose de 6 a 8 meses após a segunda induziu uma “forte resposta imunológica”. O outro ensaio concluiu que uma terceira dose será necessária para adultos de 60 anos ou mais.
No Brasil, o Ministério da Saúde também fará um estudo inédito para avaliar a necessidade de uma terceira dose de vacinas para Covid-19 para quem tomou Coronavac. A pesquisa, que será realizada em parceria com a Universidade de Oxford, vai verificar a intercambialidade da Coronavac com outros imunizantes disponível para a população brasileira. Em São Paulo, o governo do estado já disse que vai iniciar o ciclo de vacinação anual contra o coronavírus a partir do dia 17 de janeiro de 2022, assim como acontece com o vírus H1N1, da gripe.