Com a participação de 850 policiais federais, em uma das maiores operações da história da corporação, a Polícia Federal apreendeu veículos de luxo como Porsche e BMW, lanchas e R$ 850 mil em espécie durante a Operação Balada, de combate ao narcotráfico, deflagrada em Uberlândia nesta terça-feira (6).
A PF também conseguiu o sequestro de bens de 100 imóveis de padrão “hollywoodiano” ligados à organização criminosa que praticava tráficos de drogas e armas de grosso calibre, com conexão com o Complexo da Maré, no Rio de Janeiro, além de lavagem de dinheiro.
Segundo balanço parcial divulgado pela PF, até o início da tarde desta terça-feira, 101 de 230 equipes de policiais federais participantes tinham retornado à sede da corporação em Uberlândia com 95 prisões efetivadas, além de 115 veículos apreendidos, a maioria de luxo, entre caminhonetes, SUVs e modelos esportivos, hatchs e sedans. Um novo balanço da PF sobre a operação é aguardado para as próximas horas.
A operação foi realizada com o objetivo de cumprir 247 mandados de prisão e 249 mandados de busca e apreensão, além de centenas de outras medidas cautelares, como sequestro de bens e bloqueio de contas correntes. Eles foram expedidos pela 4ª Vara Criminal da Comarca de Uberlândia, nos estados de Minas Gerais, Goiás, Rio de Janeiro, Rondônia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Alagoas, Tocantins e Espírito Santo.
Segundo as investigações, os investigados movimentaram mais de R$ 2 bilhões, em decorrência das atividades ilegais. Para dissimular a origem criminosa do patrimônio acumulado, a organização tinha um sofisticado esquema de lavagem de dinheiro, com a utilização de empresas de fachada e a aquisição de postos de combustíveis, hotéis, fazendas, imóveis, veículos e embarcações de luxo.
“As apreensões e sequestro de bens vão ser de centenas de milhões de reais”, disse o delegado regional de Combate ao Crime Organizado da Polícia Federal de Minas Gerais, Rafael Machado Caldeira, em entrevista coletiva realizada nesta terça (6).
NOME DA OPERAÇÃO
O nome dado pela Polícia Federal à ação deflagrada nesta terça-feira em Uberlândia, de combate ao narcotráfico, de Operação Balada, deve-se à atividade de organização de festas que a quadrilha fazia.
Segundo o delegado da PF Renato Beni da Silva, supervisor do Grupo Especial de Investigações Sensíveis Gise/Uberlândia), a organização criminosa alvo da Operação Balada ostentava nas redes sociais a vida de luxo proporcionada pelos tráficos de armas e drogas e as grandes festas realizadas pelos integrantes da quadrilha.
MAIS PRESOS
Unidades prisionais de Uberlândia já receberam mais de 100 suspeitos que foram presos durante a Operação Balada, realizada pela Polícia Federal em Uberlândia e outras cidades do Triângulo Mineiro nesta terça-feira. A maioria foi encaminhada para o Presídio Professor Jacy de Assis.