Presidente do Senado, Rodrigo Pacheco não será candidato à presidência da República em 2022

Em pronunciamento da tribuna realizado na última quarta-feira (9), o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), informou que não vai concorrer à presidência da República em 2022. 

Ele agradeceu a Gilberto Kassab, presidente do PSD, o convite para se candidatar ao cargo de presidente do país e disse que vai continuar no caminho da defesa da democracia, das liberdades e do estado de direito. 

No anúncio, o senador afirmou que seus compromissos com o Senado e com o Brasil são urgentes, além de não permitirem quaisquer vaidades. Com essa fala, Pacheco justificou a impossibilidade de conciliar seu atual trabalho com a campanha para a presidência.

Ele ainda avaliou que o Brasil passa por uma das maiores crises de sua história, com consequências graves da pandemia de covid-19 na saúde, economia e educação. 

Ainda no pronunciamento, Pacheco enfatizou que o Senado não parou durante os mais de dois anos de pandemia e votou projetos que permitiram a compra de vacinas e o pagamento do auxílio emergencial, por exemplo.

Depois do discurso do presidente do Senado, os senadores Nelsinho Trad (PSD-MT), Izalci Lucas (PSDB-DF), Sérgio Petecão (PSD-AC), Lucas Barreto (PSD-AP), Angelo Coronel (PSD-BA), Vanderlan Cardoso (PSD-GO), Alexandre Silveira (PSD-MG), Eduardo Girão (Podemos-CE) e outros, apoiaram a sua decisão.

Confira alguns trechos do pronunciamento

— Tenho que me dedicar e dedicar toda a minha energia a conduzir o Senado neste ano fundamental para a tão ansiada recuperação do nosso país. O cargo que me foi confiado por meus pares está acima de qualquer interesse pessoal ou de qualquer ambição eleitoral. Meus compromissos como presidente do Senado e com o país são urgentes, inadiáveis e não permitem qualquer espaço para vaidades. Por isso, afirmo ser impossível conciliar essa difícil missão, de presidir o Senado Federal e o Congresso Nacional, com uma campanha eleitoral presidencial. O presidente do Senado precisa agir como um magistrado, conduzindo os trabalhos com serenidade, equilíbrio e isenção, buscando consensos possíveis em nome do melhor para o país. O que é incompatível, na minha concepção, com um embate eleitoral nacional, por mais civilizado que seja o processo.

— O país convive tristemente com desemprego, fome e retrocessos em todas as áreas. Esse quadro tão delicado, fruto da pandemia do coronavírus, foi agravado agora pela invasão da Ucrânia pela Rússia, que teve efeitos imediatos na economia mundial, com consequências inevitáveis no nosso já sofrido Brasil. Essa situação não é aceitável em um país com tantas riquezas e possibilidades. É  preciso reagir e reconstruir o nosso país, que já de algum tempo vem enfrentando dificuldades das mais diversas.

— Há ainda muito a fazer. A pauta do Senado Federal reflete o momento pelo qual o país passa. As comissões e o plenário do Senado trabalham incessantemente na discussão de projetos que propiciarão uma efetiva recuperação da economia, do emprego e da renda dos brasileiros. Essa deve ser a prioridade de todos os agentes públicos com responsabilidade: permitir que todos os brasileiros e brasileiras tenham uma vida digna, com emprego, remuneração justa, educação e saúde de qualidade para todos, segurança para ir e vir, transporte eficiente e comida no prato. 

— Eu vou lutar e continuarei lutando, dentro e fora do Senado, para que as eleições gerais deste ano tenham como resultado o fortalecimento institucional e democrático do país. E que se faça valer a soberania popular pelo voto, o voto livre, o voto secreto, a manifestação mais pura da democracia. Qualquer tentativa de retrocesso democrático deverá ser rechaçada com veemência.

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