O ex-prefeito de Uberlândia e atual pré-candidato a deputado federal Gilmar Machado (PT) falou sobre as prisões que enfrentou em 2018 e culpou o período da Operação Lava Jato, no qual, segundo o petista, houve um combate à política por uma parte do Ministério Público e uma tentativa de acabar com o PT (Partido dos Trabalhadores). Os comentários foram feitos pelo ex-chefe do Executivo municipal em entrevista ao Regionalzão Talk.
Gilmar Machado foi preso duas vezes em 2018. Em abril daquele ano, o ex-prefeito de Uberlândia foi preso durante a Operação “Encilhamento” da Polícia Federal (PF). De acordo com a PF, na época, eram apuradas suspeitas de irregularidades envolvendo a aplicação de recursos de institutos previdenciários em fundos de investimento. Foi a primeira vez que um ex-chefe do Executivo municipal foi preso na cidade.
Em setembro do mesmo ano, quando era candidato a deputado federal e a poucas semanas das eleições, o ex-prefeito de Uberlândia foi preso novamente. Desta vez, foi durante a Operação “Kms de Vantagem”. Na época, as investigações do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) apontavam suspeita de irregularidades em licitações de vans do Município em 2014.
“Qual foi o período (das prisões)? Da (Operação) Lava Jato. Eu mexi com estruturas. Infelizmente, não é todo Ministério Público, mas eles entraram numa onda de cassação, de tentar combater a política e ao mesmo tentar matar o PT (Partido dos Trabalhadores). E em Uberlândia não foi diferente”, afirmou Gilmar Machado. “Tanto é que as denúncias que me levaram (a ser) preso foi das vans. Eu não tenho van. A denúncia foi feita por um cara que falsificou ata. Está comprovado. Foi preso depois por ter falsificado a ata, que me levou a ser preso em uma denúncia do Ministério Público que o juiz não aceitou até hoje”, completou o ex-prefeito de Uberlândia, que também já foi duas vezes deputado estadual e quatro vezes deputado federal.
Nos últimos anos, Gilmar Machado tem obtido vitórias na Justiça em alguns dos processos que corriam na esfera judicial contra ele. “Esse processo da Lava Jato ainda não terminou. Eu respondi e ganhei todo os processos até agora. Só que depois que terminar todos esses julgamentos, vou entrar com ação contra eles”, concluiu o pré-candidato a deputado federal.
