Nesta quarta-feira, 24, um casal foi preso preventivamente e indiciado por ter supostamente agredido a própria bebê de um mês e 23 dias, em João Pinheiro.
A criança foi internada na segunda-feira, 22, e após diagnóstico médico constatou as duas pernas quebradas, quase precisando ser amputadas, lesões na clavícula e cabeça com machucados na região do rosto e do nariz.
A mãe, de 24 anos, da criança disse à Polícia Civil (PC) que o carrinho teria destravado sozinho e prensado as pernas da filha, depois mudou discurso dizendo que a bebê teria tido uma crise de cólicas na sexta-feira, 19, e começou a chorar. O pai, de 23 anos, teria se irritado batido na criança e jogado ela no chão algumas vezes.
Segundo a PC, a mãe queria ter chamado a Polícia Militar (PM), mas foi ameaçada de morte pelo companheiro. Sendo assim, após a agressão, mãe e filha, foram mantidas dentro de casa e só saíram na manhã de segunda-feira quando o homem foi trabalhar.
Em coletiva, o delegado da Polícia Civil que investiga o caso, Danniel Pedro, disse que o casal tem diversos registros de violência doméstica e que a mulher se sente amedrontada por ele. O homem será denunciado pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) pela Lei Maria da Penha.
O delegado contou que o pai optou por permanecer em silêncio, mas a mãe contou detalhes do ocorrido, disse que foi impedida de levar a bebê no hospital e afirmou que o marido teria matado outro filho do casal, asfixiado, em 2022.
O pai foi indiciado por ameaça e violência doméstica contra a mãe, e tentativa de homicídio qualificado por motivos cruéis, ambos também vão responder pelo crime de maus-tratos qualificados por lesões graves.