Uma adolescente de 16 anos passou por momentos de terror ao ser vítima de tortura e agressões físicas, após receber ameaças em um aplicativo de mensagens. O crime ocorreu no último sábado, 3, quando a vítima foi levada à força por duas mulheres para uma casa abandonada próxima a um salão de manicure no bairro Nova Ituiutaba 2, em Ituiutaba, no Triângulo Mineiro. Um vídeo que mostra a tortura viralizou nas redes sociais.
De acordo com informações obtidas com exclusividade pelo Regionalzão, a jovem relatou que as ameaças começaram após ela conversar com um amigo pelo aplicativo WhatsApp. A ex-namorada do rapaz teve acesso às conversas e passou a enviar mensagens ameaçadoras, ordenando que a vítima parasse de se comunicar com ele.
Mesmo diante das ameaças, a adolescente continuou a conversar com o rapaz. Entretanto, a ex-namorada descobriu que a vítima iria comemorar seu aniversário na próxima terça-feira, dia 6 de junho de 2023. A autora, então, criou arte falsa e enviou para a vítima pelo WhatsApp, informando que um salão de manicure no endereço do bairro Nova Ituiutaba 2 estava oferecendo unhas de gel como presente de aniversário.
Acreditando ser verdade, a jovem pediu ao seu irmão que a levasse até o local indicado. Ao chegar no endereço, a vítima notou que havia um salão de manicure, porém, ao lado dele, estavam as duas mulheres que a aguardavam. Assim que a avistaram, elas seguraram seu braço e a levaram à força para a casa abandonada ao lado do salão.
Dentro da residência, as agressoras trancaram as portas e janelas e obrigaram a vítima a sentar em uma cadeira de plástico. Ambas estavam armadas com facas. A ex-namorada do rapaz, em estado de exaltação, ameaçou a vítima de morte, ordenando que ela parasse de conversar com o rapaz e de procurá-lo.
Nesse momento, a agressora começou a agredir a adolescente com tapas, socos e chutes. Insatisfeita, pegou a faca que tinha em mãos e cortou quase todo o cabelo do couro cabeludo da vítima. Durante a agressão, a outra agressora filmou a cena com seu celular, também agredindo a vítima com socos e cotoveladas no rosto, resultando em sangramento no nariz.
A jovem pediu repetidamente que as agressões parassem, alegando que não tinha nenhum envolvimento com o rapaz além de amizade. No entanto, as agressoras não cessaram as torturas. Após cerca de vinte minutos de agonia, a vítima começou a gritar por socorro, alegando que estava grávida, assim ela conseguiu fazer com que as agressoras interrompessem a violência.
Após as agressões, uma das autoras tomou o celular da vítima e só o devolveria quando um moto-taxista chegasse. Ao chegar, a autora jogou o celular no chão, causando danos à tela, e antes de fugir, ameaçou novamente a vítima de morte caso ela chamasse a polícia.
A vítima conseguiu entrar em contato com seus familiares, que a resgataram no local. A mulher que filmou a tortura tentou se esconder dentro de um veículo estacionado em frente à sua residência ao perceber a presença da polícia, mas foi localizada e detida em flagrante.
Durante a abordagem, a autora jogou seu celular no chão, resultando na quebra da tela e na perda das provas das filmagens que estavam no aparelho. O celular foi apreendido como evidência. Ao ser informada sobre seu direito de permanecer em silêncio, a agressora negou participação nas agressões, alegando que conhecia a vítima e a autora Vânia, mas estava apenas passando pelo local para saber o que estava acontecendo.
Após passarem por avaliação médica no Pronto Socorro, a autora foi conduzida e apresentada à delegacia e a vítima foi liberada acompanhada de sua mãe. A segunda envolvida ainda não foi localizada pelas autoridades.
Só não entendi a parte que o irmão da vítima a levou ao local. Ele não percebeu nada?