Profissionais da educação da rede estadual de ensino em Minas Gerais estão se preparando para paralisar suas atividades nesta semana. O Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sind-UTE/MG) convocou professores, superintendentes e auxiliares de ensino a se juntarem em frente à Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) em busca de uma solução.
A expectativa inicial era que o projeto fosse aprovado na última quinta-feira (29), porém, a base de governo e a oposição não chegaram a um acordo sobre o texto, além do impasse em relação ao projeto de lei que autoriza o estado a aderir ao Programa de Acompanhamento e Transparência Fiscal (PAF). Isso resultou na falta de previsão para a votação das propostas.
O governador de Minas Gerais, Zema, atribuiu a não aprovação do projeto do PAF à oposição, afirmando que o estado terá que pagar R$ 15 bilhões ao governo federal. No entanto, o governador ainda estuda acionar a Justiça para tentar evitar esse pagamento.
Diante desse cenário de impasse, o Sind-UTE decidiu tomar medidas de pressão. Em comunicado à imprensa, o sindicato informou que já notificou a Cidade Administrativa sobre a paralisação e responsabilizou o governo Zema pela não aprovação do reajuste. A coordenadora-geral do Sind-UTE/MG, Denise Romano, enfatizou a necessidade de união e luta dos profissionais da educação nesse momento, convocando todos os envolvidos a participarem do protesto.
Com a paralisação marcada para quarta-feira (5) e quinta-feira (6), os profissionais da educação esperam chamar a atenção dos deputados e pressionar pela votação e aprovação do reajuste salarial. A mobilização visa garantir melhores condições para os educadores e valorizar o trabalho desempenhado por eles na rede estadual de ensino.
A partir de terça-feira (4), as lideranças da ALMG começarão a discutir quais projetos serão votados ao longo da semana. Resta agora aguardar as deliberações e acompanhar de perto o desfecho dessa situação, que impacta diretamente a categoria dos profissionais da educação em Minas Gerais.