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Mais de 282 mil cirurgias de amputação em decorrência a diabetes são realizadas no SUS em 10 anos

Minas Gerais está entre os estados que realizaram mais procedimentos de amputações de membros inferiores em 2022

Gabriele Leão
Mais de 282 mil cirurgias de amputação são realizadas no SUS em 10 anosFoto: Reprodução Marcello Casal jr / Agência Brasil

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Um levantamento produzido pela Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV) revelou que, de janeiro de 2012 a maio de 2023, foram realizadas mais de 282 mil cirurgias de amputação de membros inferiores, como pernas ou pés, no Sistema Único de Saúde (SUS) brasileiro. O estudo alerta para um aumento preocupante desse tipo de procedimento em todo o país, com 31.190 procedimentos realizados apenas no ano passado.

Os números indicam que, diariamente, pelo menos 85 brasileiros tiveram seus membros inferiores amputados na rede pública de saúde. Esse crescimento é um motivo de grande preocupação, especialmente considerando que o país enfrenta um cenário desafiador de saúde pública.

De acordo com a SBACV, alguns estados brasileiros viram o volume de amputações crescer em mais de 200% de 2012 para 2023. O estado de Alagoas, por exemplo, teve um aumento de 214% nesse período, passando de 182 para 571 procedimentos. Outros estados que também registraram aumentos expressivos incluem o Ceará, com um aumento de 175%; o Amazonas, com 120%; e a Bahia e Rondônia, ambos com crescimento de 83% na comparação entre os anos de 2012 e 2022.

Em termos absolutos, os estados que realizaram mais procedimentos de amputações de membros inferiores no SUS em 2022 foram São Paulo (59.114), Minas Gerais (29.851), Rio de Janeiro (24.465), Bahia (24.395), Pernambuco (18.523) e Rio Grande do Sul (16.269).

Os estados com o menor número de registros são Amapá (376), Roraima (398), Acre (688), Tocantins (1.356) e Rondônia (1.606). Roraima e Pernambuco foram os estados com o menor aumento no número de amputações, com crescimentos de apenas 12% e 18%, respectivamente.

A SBACV destaca que os números projetam 2023 como o pior ano da série histórica iniciada em 2012, com um aumento progressivo nas amputações de membros inferiores no Brasil.

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