- ANÚNCIO -

MPF obtém decisão para tornar acessível sede do Dnit em Uberlândia

Edifício, construído em 1967, além de não ser adequado a pessoas com deficiência, jamais passou por reformas e apresenta riscos estruturais

Redação Pontal
Foto: MPF

- CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE -

O Ministério Público Federal (MPF) obteve uma decisão em caráter liminar junto à Justiça Federal para obrigar o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) a adotar todas as providências administrativas e realizar os serviços necessários de engenharia e arquitetura para adequar as instalações da sede do departamento em Uberlândia, no Triângulo Mineiro, às necessidades das pessoas com deficiência.

A decisão também determina que o Dnit deverá comprovar ao MPF o início das obras no prazo de 180 dias, comprometendo-se a tornar a sede do departamento em Uberlândia acessível às pessoas com deficiência em todos os níveis e dependências em utilização.

Em 2019, o MPF iniciou o acompanhamento do caso após receber um relato a respeito das ‘precárias condições’ da sede do Dnit em Uberlândia, cujo imóvel, construído no ano de 1967, nunca passou por nenhuma reforma e não atende às normas de acessibilidade para pessoas com deficiência.

O Conselho Municipal da Pessoa com Deficiência (Compod) vistoriou o imóvel naquele mesmo ano e registrou uma série de irregularidades, relatadas ao MPF: degraus, desníveis entre os pisos, ausência de rampa de acesso para cadeirantes, sanitários sem acessibilidade e até uma parte da cobertura com risco de desabamento, conforme notificação do Corpo de Bombeiros. Na mesma vistoria, o Compod ainda observou risco de incêndio e curto-circuito na edificação por conta do estado da fiação elétrica, que dividia o mesmo conduto com os fios de telefonia e informática.

Negativas do Dnit – Quando procurado pelo MPF à época, o Dnit alegou não contar com recursos em caixa para executar um projeto para reforma e adequação da unidade de Uberlândia. Em fevereiro de 2020, o mesmo Dnit comunicou ao MPF da impossibilidade de reforma da sede, devido à falta de tempo e de recursos materiais e humanos.

Foram avaliadas as possibilidades de construção de um novo prédio e de locação de outro imóvel, no entanto, como registra a ação civil pública apresentada pelo MPF à Justiça Federal, “passados mais de dez meses, não houve nenhuma movimentação nesse sentido”. Além da “total falta de acessibilidade da unidade a pessoas com deficiência”, informa a ação, “os próprios funcionários continuam expostos a condições insalubres e de risco até mesmo de vida”.

O procurador da República Cléber Eustáquio Neves, que assina a ação, registra que, além de afrontar a legislação vigente, o estado do prédio expõe tanto os funcionários do Dnit quanto os visitantes ao “grave risco de uma fatalidade”.

Da decisão judicial cabe recurso.

Compartilhe este artigo
Deixe um comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Sair da versão mobile