A Justiça determinou, na quinta-feira (1), que a Universidade Federal de Uberlândia (UFU) realize uma avaliação presencial para Mabson dos Santos, entregador de aplicativo, que teve sua aprovação por cotas raciais negada pela instituição.
A decisão surge após Santos acusar a UFU de discriminação racial e buscar reparação legal.
O juiz federal Osmane Antonio dos Santos enfatizou que as características de Mabson como pessoa negra são evidentes e destacou a necessidade indiscutível do exame presencial, conforme previsto no edital.
A defesa de Mabson dos Santos argumentou que a avaliação da UFU baseou-se apenas em fotos e vídeos de baixa qualidade, sem justificativa para a negação.
Mabson, de 29 anos, realizou o vestibular para educação física na UFU, que iniciou suas aulas há um mês.
A Rede Liberdade, entidade que lidera sua defesa, alega que, caso tivesse se inscrito apenas pelas cotas destinadas a estudantes do ensino médio de escola pública e baixa renda, ele já estaria cursando a universidade.
O entregador de aplicativo ressaltou sua identidade como homem negro e alegou enfrentar diariamente o racismo devido ao seu fenótipo.
Ele dedicou todo o ano passado aos estudos do vestibular, buscando ser reconhecido como beneficiário legítimo das cotas raciais na UFU.