O governador de Minas Gerais, Romeu Zema, expressou sua preocupação com as recentes invasões de terra realizadas pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Em uma crítica velada ao governo do presidente Lula, Zema ressaltou que a preocupação com esse tipo de ação tem aumentado em todo o Brasil desde o ano passado.
Zema enfatizou a importância de garantir a ordem e a segurança no campo, afirmando que é preocupante vermos novamente a ocorrência de invasões de terra. Ele destacou que, em um período anterior, os produtores rurais conseguiam trabalhar em paz, mas agora se sentem ameaçados e inseguros em relação à sua propriedade. O governador reforçou a necessidade de que qualquer movimento dessa natureza seja conduzido de acordo com a lei, respeitando o direito à propriedade privada.
Além disso, Zema manifestou sua esperança de que a justiça seja sábia e respeite o que ele considera correto, ou seja, o respeito à propriedade privada. No último fim de semana, cerca de 500 famílias ligadas ao MST invadiram o terreno da fazenda Aroeira, em Lagoa Santa, região metropolitana de Belo Horizonte. Os invasores argumentam que a área é improdutiva e que a função social da terra, que é produzir, deve ser respeitada.
Os proprietários da fazenda entraram com um pedido de reintegração de posse, mas o mesmo foi negado pela justiça, que alegou falta de documentação comprovando a propriedade do terreno. Ontem, ocorreu uma audiência entre os invasores e os proprietários no Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), porém, não houve acordo entre as partes.
Essa situação evidencia a necessidade de um debate amplo e uma solução justa para as questões relacionadas à reforma agrária e ao direito à propriedade privada no Brasil.