O Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu nesta quarta-feira (20) que o ex-jogador de futebol Robinho deve cumprir a pena de 9 anos de prisão por estupro em território brasileiro. A sentença, conferida pela Justiça italiana, foi homologada pela maioria dos ministros do STJ, porém, Robinho ainda pode recorrer da decisão.
O ministro relator Francisco Falcão liderou o entendimento pela prisão imediata de Robinho e pela homologação da sentença italiana. Seu posicionamento foi acompanhado pelos ministros Humberto Martins, Herman Benjamin, Luis Felipe Salomão, Mauro Campbell, Maria Isabel Gallotti e Antônio Carlos Ferreira.
No entanto, houve divergência por parte do ministro Raul Araújo, que votou contra a homologação da sentença de nove anos de prisão. O ministro Benedito Gonçalves também manifestou-se contrário à execução da pena no Brasil.
Robinho, ídolo do Santos com passagens pela Seleção Brasileira e pelo Atlético, recebeu a sentença por sua participação em um estupro coletivo ocorrido em uma boate italiana em 2013, quando atuava pelo Milan. O jogador foi condenado em todas as instâncias da justiça italiana.
Apesar de o Ministério Público de Milão ter solicitado ao Brasil a extradição imediata de Robinho, a legislação brasileira não permite a extradição de cidadãos nascidos no país para cumprimento de pena em outros países. Diante disso, a Itália solicitou que ele cumpra a sentença em território brasileiro.