A Penitenciária Professor Pimenta da Veiga, em Uberlândia, no Triângulo Mineiro, revelou mais uma história de sucesso em sua vocação de fornecer mão de obra qualificada para a indústria e a construção civil local. Durante a construção dos parlatórios e da sala da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) dentro da penitenciária, dois detentos foram descobertos pelo empresário e mestre de obras Itamar Caetano de Matos.
Carlos Alves Rodrigues, de 43 anos, e Agenor da Silva, de 66 anos, trabalharam como pedreiros na obra da unidade, que atualmente está em fase de acabamento. Enquanto os toques finais estão sendo dados por outros 12 presos, Carlos e Agenor deram um passo além. Com o benefício judicial de autorização de trabalho externo, foram contratados por Itamar para trabalhos de construção residencial e instalação de um gerador em um hotel da cidade.
Essa oportunidade de trabalho tem impactado positivamente o ambiente interno, conforme observa o diretor-geral da penitenciária, Rafael Rodrigues dos Santos. “Os presos que trabalham se sentem valorizados e influenciam os colegas de cela com bons exemplos de comportamento”, destaca.
Itamar, por sua vez, ressalta a qualidade do trabalho dos presos e sua confiança neles. Ele possui uma prática de solicitar autorização para falar com os familiares dos presos por telefone, como forma de obter referências sobre seus futuros funcionários. Essa prática, segundo ele, tem garantido bons resultados ao longo dos anos em que trabalha com ex-detentos ou pessoas em cumprimento de pena.
O empresário relata experiências positivas, como o caso de um detento que, após receber visitas de um irmão incentivadas por Itamar, superou uma fase de depressão e se tornou um operário exemplar. Essas histórias reforçam a importância do trabalho como ferramenta de ressocialização e transformação de vidas dentro do sistema prisional.