Até o final de março, os brasileiros ainda não haviam sacado incríveis R$ 8,02 bilhões em recursos esquecidos no sistema financeiro, conforme informou o Banco Central (BC) nesta quarta-feira (8). Desde o início do programa em fevereiro de 2022, as instituições financeiras disponibilizaram um total de R$ 14,56 bilhões, dos quais apenas R$ 6,54 bilhões foram reivindicados até o momento.
Os dados do Sistema de Valores a Receber (SVR), divulgados com dois meses de defasagem, revelam que, até o final de março, apenas 31,1% dos 63.800.451 correntistas incluídos na lista desde o início do programa haviam resgatado valores, totalizando 19.842.315 beneficiários.
Entre os que já resgataram os valores, a maioria são pessoas físicas (18.720.053), enquanto 1.122.262 são pessoas jurídicas. Por outro lado, 40.746.526 pessoas físicas e 3.211.610 pessoas jurídicas ainda não realizaram o resgate.
É importante ressaltar que a maior parte dos valores a serem resgatados corresponde a quantias menores. Mais de 63% dos beneficiários têm direito a valores de até R$ 10, e menos de 2% têm direito a valores acima de R$ 1.000.
Após ficar indisponível por quase um ano, o SVR foi reaberto em março de 2023, com novas fontes de recursos e um novo sistema de agendamento, incluindo a possibilidade de resgate de valores de pessoas falecidas. No mês de março, foi registrado um aumento no resgate, totalizando R$ 280 milhões em comparação com os R$ 218 milhões do mês anterior.
O Banco Central destaca melhorias significativas nesta nova fase do SVR, incluindo a impressão de telas e protocolos de solicitação para compartilhamento, uma sala de espera virtual para consulta no mesmo dia, e a possibilidade de consulta a valores de pessoas falecidas com acesso para herdeiros, testamentários, inventariantes ou representantes legais.
No entanto, o Banco Central alerta para golpes de estelionatários relacionados ao saque dos valores esquecidos, enfatizando que todos os serviços do SVR são gratuitos e que a instituição financeira listada na consulta é a única autorizada a contatar o cidadão. O BC pede aos cidadãos que não forneçam senhas e esclarece que não entra em contato para confirmar dados pessoais.