O Brasil conseguiu recuperar o desempenho de alfabetização que era observado antes da pandemia de Covid-19, atingindo a meta estabelecida pelo Ministério da Educação para o ano passado no âmbito do Compromisso Nacional Criança Alfabetizada.
Em 2023, 56% das crianças brasileiras alcançaram o patamar de alfabetização definido pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) para o 2º ano do ensino fundamental, segundo o ministro da Educação, Camilo Santana.
“Em 2019, o percentual de estudantes alfabetizados na rede pública do país era de 55%, percentual que, com a pandemia, caiu para 36% em 2021.
Em 2023, retomamos ao patamar anterior, subindo para 56%”, afirmou o ministro durante a apresentação dos resultados do Compromisso Nacional Criança Alfabetizada em uma reunião com os governadores no Palácio do Planalto.
Santana destacou que o resultado demonstra o avanço do país na mitigação dos efeitos negativos da pandemia na alfabetização dos estudantes ao fim do 2º ano do ensino fundamental, favorecendo a recomposição das aprendizagens.
O foco está em garantir a alfabetização de todas as crianças matriculadas nos 3º, 4º e 5º anos que foram afetadas pela pandemia.
O Compromisso Nacional Criança Alfabetizada, lançado no início do ano passado, já conta com a adesão de 100% dos estados e de 99,8% dos municípios. “Falta ainda um município do Mato Grosso, sete municípios de São Paulo e um de Santa Catarina. Mas o resultado mostra o desejo de prefeitos e governadores de construir essa política nacional, independentemente de questões partidárias, políticas ou ideológicas”, enfatizou Santana, destacando que o protagonismo do programa pertence a estados e municípios. “O que nos cabe fazer [enquanto governo federal] é apoiar vocês”, acrescentou.
Na mesma reunião, o ministro propôs um pacto com administradores locais para criar uma premiação nacional que reconheça iniciativas com avanços e boas práticas na educação. Segundo ele, todos os governadores têm sido parceiros nessa empreitada de melhorar a educação do país, inclusive na implementação do programa Pé de Meia, criado para recompensar financeiramente estudantes que não abandonam a escola. “Todos nós sabemos dos indicadores de evasão escolar, de abandono e de distorção idade-série. Ou seja, quando a criança está atrasada”, concluiu Santana.