Um caso revoltante aconteceu na cidade de Guanhães, na região do Vale do Rio Doce, em Minas Gerais. Um homem, ao telefone, induziu uma funcionária da lotérica a realizar diversos depósitos antes de solicitar o dinheiro à cliente que estava no caixa que, ao fim, diz que não sabia do que se tratava.
O caso aconteceu no dia 14 de junho, mas pela nova metodologia aplicada, chamou a atenção. Uma cliente, de 57 anos, ao chegar ao caixa da lotérica, entregou o celular para a atendente, dizendo que seu supervisor estava na linha.
A funcionária atendeu a ligação e, do outro lado da linha, um homem se apresentou como André e afirmou ser patrão da cliente. Disse que precisava fazer acertos financeiros com seus funcionários e que a cliente que estava no caixa portava o dinheiro para as operações.
Por conhecer a cliente, que estava à sua frente e ser frequentadora da lotérica, a funcionária começou a fazer depósitos em contas de terceiros a pedido do homem. Ela chegava a confirmar cada dado durante a operação, e o bandido afirmava que sua suposta funcionária estava com o dinheiro na bolsa.
Ao finalizar os depósitos, que somaram 88 mil, o homem desligou o telefone. A funcionária solicitou o dinheiro total à cliente, que afirmou não saber do que se tratava e estava ali para receber um prêmio que havia ganhado de uma operadora de celular.
Ao ser questionado pela funcionária, a cliente disse ter recebido uma ligação de uma mulher naquele mesmo dia, informando que ela foi premiada com 5 mil reais em uma promoção da operadora. Então, foi orientada a se dirigir a uma lotérica e entregar o celular à operadora de caixa, pois a partir daí um supervisor continuaria a operação para resgatar o prêmio.
Para dar mais veracidade ao golpe, a cliente ainda foi orientada a levar uma bolsa grande, onde supostamente poderia esconder o dinheiro recebido, que seria pago em espécie. O caso foi registrado pela polícia militar e serve de alerta para operadores de caixa, principalmente em lotéricas e correspondentes bancários.