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“Maníaco de Araguari” é absolvido novamente em júri popular

Eurípedes Martins, conhecido como Oripão, foi inocentado da acusação de feminicídio após o Júri em Uberlândia

Matheus Carvalho
Imagem: Reprodução arquivo PCMG

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Eurípedes Martins, de 58 anos, popularmente conhecido como “Maníaco de Araguari”, foi absolvido mais uma vez. O veredito foi definido por um júri popular realizado em Uberlândia na manhã desta terça-feira (9).

Martins era acusado do feminicídio de Amanda Aparecida de Sousa, que tinha 13 anos na época do crime, ocorrido na noite de 30 de março de 2005. A juíza Danielle Louise Rutkowski Dias considerou a denúncia improcedente.

“Submetido a julgamento pelo Tribunal do Júri nesta data, o Conselho de Sentença afirmou, por maioria, a materialidade do delito, e em seguida acatou a tese sustentada em plenário de ausência de autoria e absolveu o acusado. Julgo improcedente a denúncia e, via de consequência, absolvo o Réu Eurípedes Martins, qualificado, nas imputações que foram volvidas”, declarou a juíza.

Em maio de 2019, Martins também foi absolvido em júri popular pela morte da adolescente Lara Rodrigues Caetano Pereira, de 13 anos, e ocultação de cadáver em 2004. Dos sete jurados, quatro votaram pela sua absolvição.

Após essa sentença, o Ministério Público solicitou a transferência dos quatro processos para outra comarca. Após análise, os desembargadores decidiram transferi-los para Uberlândia, sendo este o primeiro dos quatro julgamentos que Martins enfrentará na cidade.

Marco Antônio Santos Faria, advogado de defesa de Martins, afirmou sua crença na inocência do cliente. “Sempre confiamos que Eurípides é inocente. Ele ainda será julgado pelas mortes de Edima Maria Guedes Batista, Micheli Monteiro da Silva e Rejane Maria Fonseca. Nós acreditamos que ele será absolvido nos demais casos, porque não foi ele o autor dos crimes”, disse.

Martins, debilitado devido a um tratamento de câncer, vive atualmente na instituição Casa de David.

Morte de Amanda

Amanda Aparecida de Sousa, conhecida como “Bananinha”, foi encontrada morta na Rua Idelbrando Rodrigues Barbosa, no Bairro Morada de Fátima, em 30 de março de 2005, por volta das 18h. A adolescente estava desaparecida desde 21 de janeiro do mesmo ano, e seu corpo foi encontrado coberto por pedras.

De acordo com a denúncia, no dia do crime, Eurípedes seguia de carroça pela Rua Niquelfindia quando Amanda pediu carona para ir até a casa de uma amiga, onde pegaria droga. Ao não encontrar a amiga, eles foram a um telefone público onde Amanda ligou para um traficante que entregou a droga em frente à casa.

Depois de conseguir a droga, os dois seguiram de carroça até a Avenida Brasil, onde Amanda pediu para descer. No entanto, conforme a denúncia, Eurípedes não permitiu e continuaram discutindo até a estrada da Cachoeirinha. Lá, ele teria arrastado Amanda para um terreno, onde a pegou pelo pescoço, bateu sua cabeça no chão várias vezes, e a golpeou com uma pedra, cobrindo seu corpo com outras pedras.

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