Márcio Filho, morador de Ituiutaba, no Triângulo Mineiro, está buscando apoio para realizar um sonho: escrever um livro que narre sua trajetória após um acidente que o deixou tetraplégico há 18 anos, quando tinha apenas 22. Desde então, ele tem enfrentado muitos desafios, mas também aprendeu a lidar com sua condição, fazendo tratamentos no Hospital Sarah Kubitschek, em Brasília, e em outras instituições.
Recentemente, durante uma visita ao Sarah Kubitschek, Márcio compartilhou informações sobre os grupos de apoio que administra nas redes sociais para pessoas com deficiência. Os profissionais do hospital decidiram reformular o site da instituição, incorporando várias das sugestões que Márcio deu. O novo site deve ser lançado em breve, com muitas mudanças.
O ituiutabano decidiu que é hora de compartilhar sua história em um livro. Contudo, devido às suas limitações físicas, ele precisa da ajuda de um escritor fantasma, ou “ghostwriter”, para escrever e editar o livro. Esse tipo de serviço, que inclui correção, publicação e impressão, tem um custo elevado, e por isso uma vaquinha online foi criada para arrecadar os recursos necessários.
O livro de Márcio será importante para outras pessoas que enfrentam desafios semelhantes. Ele pretende dividir o livro em três partes, abordando o acidente que o deixou tetraplégico, seu tratamento em instituições como o Crer e o Sarah, e oferecendo dicas sobre como lidar com a dor neuropática, o posicionamento correto, os direitos das pessoas com deficiência, como conseguir cadeiras de rodas e informações sobre as leis da LBI.
A meta é arrecadar R$ 7.245,00, sendo que ele já conseguiu arrecadar R$ 1.180,00. Para ajudar, acesse o site!
https://www.vakinha.com.br/vaquinha/ajuda-para-tetraplegico-escrever-um-livro
A vida de um cadeirante é muito mais desafiadora do que muitos imaginam. Não se trata apenas de não poder andar; envolve uma série de adaptações e mudanças profundas. São muitas regras a seguir, ajustes físicos necessários, adaptações no ambiente familiar e financeiro, além do processo de adaptação do próprio corpo ao trauma sofrido. Eu era uma pessoa “normal” até que um acidente de piscina me deixou tetraplégico. Todos nós estamos sujeitos a enfrentar alguma deficiência em algum momento, mas raramente estamos preparados para isso. A aceitação é um passo crucial, e seguir em frente é o desafio que enfrentamos.