As mulheres em Minas Gerais recebem, em média, 24,88% menos do que os homens, de acordo com o 2º Relatório de Transparência Salarial, divulgado pelos ministérios do Trabalho e Emprego (MTE) e das Mulheres.
O levantamento foi realizado com base em dados fornecidos por 5.108 empresas mineiras com 100 ou mais funcionários, conforme exige a Lei de Igualdade Salarial (nº 14.611/2023).
Enquanto a remuneração média dos homens no estado é de R$ 3.989,39, as mulheres ganham R$ 2.996,81.
O relatório mostra que a diferença salarial varia entre as ocupações, sendo maior em cargos de gerência e direção, onde a desigualdade atinge 33,2%. No Brasil como um todo, a diferença é de 20,7%.
No recorte racial, as mulheres negras são as mais prejudicadas, recebendo 27,72% a menos do que as não negras. Entre os homens, a diferença salarial entre negros e não negros chega a 25,26%.
A pesquisa também identificou que 47,8% das empresas mineiras possuem planos de cargos e salários, e 39,2% têm políticas de incentivo à contratação de mulheres.
Além disso, 41,9% adotam medidas para promover mulheres a cargos de gerência, enquanto apenas 25,4% têm programas voltados à contratação de mulheres LGBTQIAP+.
O relatório, que visa promover a igualdade salarial entre homens e mulheres, revelou que empresas que não tornarem públicas as informações sobre as disparidades salariais poderão ser multadas.
Essas organizações têm até 30 de setembro para divulgar seus relatórios individuais, conforme estipulado pela lei.
O MTE destacou a importância da transparência salarial para combater as desigualdades e promover a igualdade de oportunidades, especialmente para mulheres negras e de baixa renda, que enfrentam os maiores desafios no mercado de trabalho.