Na manhã desta terça-feira (15), a Operação Highlander foi deflagrada nos municípios de Perdizes e Santa Juliana, no Triângulo Mineiro, com o objetivo de desarticular um esquema criminoso envolvendo sonegação fiscal, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro.
A ação, coordenada pelo Comitê Interinstitucional de Recuperação de Ativos de Minas Gerais (Cira-MG), cumpriu nove mandados de busca e apreensão contra cinco indivíduos, duas empresas e duas propriedades rurais na região.
O esquema investigado envolve um ex-prefeito de Perdizes, que acumula uma dívida tributária de aproximadamente R$ 30 milhões e possui condenações patrimoniais em processos cíveis e criminais.
A operação contou com a participação de 24 policiais militares, 28 auditores fiscais, um promotor de Justiça, além de outros servidores públicos do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG).
De acordo com o MPMG, o objetivo da operação é interromper o funcionamento do esquema criminoso e aprofundar as investigações com base na análise de documentos, tanto físicos quanto digitais, apreendidos durante as ações de busca.
O Procedimento Investigatório Criminal (PIC) segue em curso na Promotoria de Justiça de Perdizes, com apoio da Coordenadoria Regional de Defesa da Ordem Econômica e Tributária (Caoet) em Uberaba.
Segundo o Cira-MG, as investigações apontam que o grupo teria montado um complexo esquema para ocultar o patrimônio do ex-prefeito, utilizando laranjas e simulação de transações. Entre as táticas fraudulentas, destaca-se a compra e venda simulada de cabeças de gado e a emissão de notas fiscais falsas.
As ações permitiram ao ex-prefeito manter controle sobre empresas e propriedades, evitando o bloqueio de seus bens pela Justiça.
O MPMG ressalta que a operação também visa apreender provas que possam levar ao desmantelamento definitivo do esquema e à responsabilização dos envolvidos.
As investigações continuam, e novas fases da operação podem ser deflagradas conforme os dados apreendidos sejam analisados.