O Procon de São Paulo notificou, nesta segunda-feira (14), a concessionária Enel Distribuição SP para prestar esclarecimentos sobre o apagão que afeta 400 mil imóveis desde a última sexta-feira.
Na ocasião, mais de 2,1 milhões de residências ficaram sem energia em diversos municípios do estado. A concessionária tem um prazo de 48 horas para explicar as medidas operacionais adotadas para resolver a situação e o atendimento aos consumidores prejudicados.
Em resposta à crise, o Procon-SP abriu novos postos avançados para atender os moradores da capital paulista que ainda enfrentam problemas relacionados à falta de energia elétrica.
Esses novos pontos de atendimento funcionarão a partir de terça-feira (15), em três estações de transporte público: Tatuapé (CPTM), Sacomã (Metrô) e Jabaquara (EMTU), das 9h às 15h, até sexta-feira (18).
Os consumidores que desejarem registrar suas queixas também poderão utilizar os canais tradicionais do Procon, listados no site oficial da entidade.
O apagão tem causado grandes transtornos em várias cidades da região metropolitana de São Paulo. Entre as localidades mais afetadas estão a capital, onde 283 mil imóveis continuam sem luz, especialmente nos bairros de Jabaquara, Santo Amaro, Pedreira e Campo Limpo.
Outras cidades que ainda sofrem com o corte de energia incluem Cotia (SP), com 31 mil clientes sem fornecimento, e Taboão da Serra (SP), onde 32 mil residências seguem no escuro.
O cenário tem gerado grande indignação, com moradores criticando o tempo de resposta da concessionária e a falta de comunicação sobre o restabelecimento dos serviços.
A operação de fiscalização do Procon-SP foi motivada pelo grande número de reclamações recebidas desde o início do apagão.
De acordo com o órgão, é essencial que a Enel forneça detalhes precisos sobre como está lidando com a situação e quais providências estão sendo tomadas para que a energia seja restabelecida de forma segura e eficiente.
A concessionária será submetida a um processo administrativo, e o caso também será encaminhado à Polícia Civil para averiguação de possíveis infrações cometidas durante a gestão da crise.