A alta do dólar pode resultar na Black Friday com uma dinâmica diferente dos anos anteriores: preços mais altos para produtos importados, descontos mais seletivos e maior ênfase em produtos nacionais. Com o dólar em alta, o brasileiro precisa se preparar para analisar os ‘reais descontos’ dos produtos no maior evento de descontos do Brasil.
Diante desse cenário, a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) calcula que a Black Friday de 2024 deve movimentar R$ 5,22 bilhões no comércio brasileiro, o que representa crescimento de apenas 0,4% em relação ao ano passado, já descontando a inflação.
O temor crescente em torno de conflitos globais eleva a cautela e a aversão ao risco. Em resposta, o dólar opera em alta, ultrapassando novamente os R$ 5,80.
Intenções de compras
Pesquisa avalia a intenção de compra na Black Friday. De acordo com pesquisa realizada pela ACSP (Associação Comercial de São Paulo), 35,5% dos entrevistados pretendem comprar na Black Friday; 36,0% responderam que não têm intenção de fazê-lo; enquanto 28,5% ainda não sabem. Na comparação com o ano passado, houve redução da proporção dos que manifestaram intenção de compra e aumentos das porcentagens dos que não pretendem fazê-las e dos indecisos.
A maioria dos consumidores pretende comprar roupas, calçados e acessórios. Nas intenções de compra registradas pela pesquisa, assim como no ano passado e no cenário nacional, predominam os seguintes itens: roupas, calçados e acessórios (35,9%), celulares (18,5%), perfumes (23,5%), móveis e artigos para o lar (23,0%), computadores, notebooks e tablets (16,4%), televisores (12,3%) e produtos de linha branca (32,6%).