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“Guerras” com arminhas de gel viram febre, mas “brincadeira” apresenta riscos

Redação Pontal

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As arminhas de gel, que se popularizaram no final de 2024, são frequentemente tratadas como brinquedos inofensivos.

Contudo, especialistas alertam para os riscos de ferimentos graves, especialmente nos olhos.

Perigo

A Sociedade Brasileira de Oftalmologia (SBO) e o Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) destacam que as esferas de gel podem causar lesões irreversíveis.

Essas armas, que disparam bolinhas de gel, não classificam como brinquedos.

Por isso, o Inmetro recomenda que pessoas menores de 14 anos não usem essas armas.

Quando disparadas, as bolinhas podem atingir o globo ocular, provocar descolamento de retina e até resultar na perda total da visão.

A SBO também alerta que os impactos podem causar hematomas, inflamações e cortes profundos, principalmente durante interações mais intensas.

Brincadeira

Nas redes sociais, é comum encontrar vídeos de batalhas de gel nas ruas do Rio de Janeiro.

As imagens viralizaram ao longo do ano. Uma propaganda de venda desses lançadores defende que as armas incentivam as crianças a sair de casa e “brincar nas ruas”.

No entanto, especialistas questionam se essas atividades realmente contribuem para o desenvolvimento infantil.

A comercialização das arminhas de gel ocorre em um vácuo legislativo. De acordo com a Lei 9.437, de 1997, a legislação proíbe a venda de simulacros que possam ser confundidos com armas de fogo reais.

Para garantir a identificação dos itens de airsoft, a legislação exige que as pessoas pintem a ponta do cano de laranja.

A dúvida persiste quanto à classificação das arminhas de gel, que podem ou não classificar como simulacros.

Por isso, a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro e a Câmara de Vereadores discutirão a possibilidade de proibir a venda desses artefatos.

A Polícia Civil alertou que qualquer artefato semelhante a uma arma de fogo, sem a ponta laranja ou vermelha, pode ser apreendido como simulacro.

O Exército Brasileiro explicou que os lançadores de gel funcionam com baterias e que as pessoas não devem confundi-los com armas de pressão, como as de airsoft.

Segundo o Exército, as bolinhas de gel, com 8 mm de diâmetro, lançam a distâncias de 5 a 10 metros e se desfazem ao atingir o alvo, sem causar grandes danos.

No entanto, a instituição ressaltou que, embora não apresentem poder destrutivo, o uso inadequado pode resultar em lesões, especialmente se atingirem áreas sensíveis, como os olhos.

O debate sobre as arminhas de gel está apenas começando, e as autoridades seguem avaliando os riscos e a necessidade de uma regulamentação mais rigorosa para garantir a segurança da população.

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