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Lucas Lucco revela luta contra transtorno bipolar e TDAH e os impactos na carreira musical

Lucas, que começou a fazer sucesso aos 23 anos, relembrou como o início meteórico de sua carreira coincidiu com o agravamento de crises de ansiedade e pânico.

Tainá Camila
Imagem: Reprodução/InternetComo parte de sua terapia, Lucas encontrou na natureza um refúgio.

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Aos 33 anos, o cantor Lucas Lucco abriu o coração sobre os desafios enfrentados ao longo de sua carreira devido a questões de saúde mental. Em entrevista à revista GQ, o sertanejo, diagnosticado há três anos com transtorno bipolar e Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), revelou que essas condições afetaram profundamente sua trajetória artística.

Lucas, que começou a fazer sucesso aos 23 anos, relembrou como o início meteórico de sua carreira coincidiu com o agravamento de crises de ansiedade e pânico. Essas dificuldades o levaram a uma pausa na música em 2014, no auge de sua popularidade. “A minha saúde mental atrapalhou muito a minha carreira na música. Talvez porque eu não estava maduro o suficiente. Comecei a fazer sucesso de uma hora para a outra”, contou.

O cantor revelou que, durante os shows, as crises de ansiedade eram frequentes. “Quantas vezes eu ia para trás do palco tomar água e chorava. Enxugava as lágrimas na toalhinha e voltava”. Lucas também mencionou o impacto que a história do DJ sueco Avicii teve sobre ele. Avicii, que enfrentava depressão, vício em álcool e analgésicos, cometeu suicídio em 2018, aos 28 anos.

“Ele ganhou notoriedade de forma desproporcional. Era só um cara introspectivo que queria fazer música eletrônica. Chegou num ponto, que acontece com muitos artistas e aconteceu comigo, que ele se viu tão pressionado pela fama e longe da família que tudo perdeu sentido. Se eu tivesse usado drogas, não estaria mais aqui hoje”, desabafou.

Após os diagnósticos, Lucas revelou que precisou adaptar sua rotina, especialmente em relação ao sono. Ele dorme entre três e quatro horas por noite, mas se permite, pelo menos uma vez ao mês, descansar por mais de 24 horas seguidas para se recuperar completamente.

Quando atravessa a fase depressiva do transtorno bipolar, o cantor desenvolve hiperfoco na alimentação, consumindo apenas açaí com granola, leite de amêndoa e iogurte zero. Em momentos mais críticos, chegou a ficar até três meses acamado.

Como parte de sua terapia, Lucas encontrou na natureza um refúgio. Ele costuma passar até um mês em uma casa no meio do mato, em Ituiutaba, no interior de Minas Gerais. “Lá não pega sinal de internet, então me dedico totalmente à rotina de treinos. Levo peso, bicicleta para pedalar e tomo banho de cachoeira”, explicou.

Lucas Lucco, que também destacou a pressão enfrentada por artistas no auge da fama, busca conscientizar sobre a importância de cuidar da saúde mental e encontrar alternativas para lidar com os desafios pessoais e profissionais. Seu relato ecoa a necessidade de mais atenção ao tema, especialmente no cenário artístico, onde o ritmo acelerado e as cobranças podem impactar diretamente a qualidade de vida.

A história do cantor serve como alerta e inspiração para que outros artistas e pessoas busquem ajuda em momentos de dificuldade, reforçando a importância de priorizar o bem-estar emocional acima de tudo.

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