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FIEMG vê vantagem competitiva para o Brasil no ‘tarifaço’ do governo Trump

Redação Geral
Foto: Agência Brasil

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A Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG) afirmou nesta quarta-feira (2) que a nova tarifa de 10% imposta pelos Estados Unidos a produtos brasileiros pode representar uma vantagem competitiva para a indústria nacional. A declaração contrasta com a posição da Confederação Nacional da Indústria (CNI), que demonstrou preocupação com os impactos da medida.

Posicionamento da FIEMG

A FIEMG reconhece que ainda existem incertezas sobre a aplicação das novas tarifas, especialmente no aço e no alumínio. “É preciso entender se a nova taxação afetará os produtos que o governo americano já taxou anteriormente em 25%”, disse a entidade em nota.

Já a CNI afirmou que o aumento tarifário pode dificultar as exportações brasileiras e afetar empregos. “Nos preocupamos com qualquer medida que dificulte a entrada dos nossos produtos em um mercado tão importante quanto os EUA”, disse Ricardo Alban, presidente da confederação.

Os Estados Unidos são o principal destino das exportações brasileiras da indústria de transformação. Em 2024, o setor exportou US$ 31,6 bilhões para o país. A cada R$ 1 bilhão em exportações, a economia gerou 24,3 mil empregos, R$ 531,8 milhões em massa salarial e R$ 3,6 bilhões em produção, segundo a CNI.

Impacto setorial

A nova medida deve afetar diretamente a siderurgia e a metalurgia. Os EUA importam amplamente o aço brasileiro, especialmente o semiacabado, que pode perder competitividade com tarifas adicionais.

A indústria aeronáutica também está em alerta. A Embraer exporta aeronaves regionais para os EUA e teme uma redução na demanda.

Setores como madeira e derivados, etanol, commodities agrícolas, cobre e alumínio podem ser prejudicados. O setor automotivo, especialmente em Minas Gerais, um dos principais estados exportadores de peças para os EUA, também deve sentir o impacto.

Em 2024, o Brasil exportou US$ 40,4 bilhões para os EUA (12% do total das exportações brasileiras) e importou US$ 40,7 bilhões (15,5% das importações). Apesar do saldo comercial equilibrado neste ano, entre 2015 e 2024 os EUA acumularam um superávit de US$ 165,4 bilhões na balança comercial com o Brasil.

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