Foi apresentado nesta quinta-feira, 17 de fevereiro, na Assembleia Legislativa de Minas, o relatório final da CPI da Cemig. O texto pede o indiciamento de Reynaldo Passanezi, presidente da empresa de energia, pela suposta prática de crimes de peculato, improbabilidade administrativa e contratação direta ilegal.
Além dele, a CPI pede o indiciamento de Evandro Negrão, vice-presidente do Partido Novo, o mesmo do governador Romeu Zema, por supostamente ter cometido usurpação da função pública. O dirigente do Novo teria procurado a Exec, empresa especialista na captação de altos executivos, e solicitado um orçamento para a seleção do novo presidente da Cemig. A estatal então teria contratado a Exec, que indicou Passanezi ao cargo, que inclusive foi submetido a uma sabatina pelo governador Romeu Zema e Evandro Negrão.
Para o relator, a empresa Exec foi supostamente beneficiada, pois não houve o processo legal para contratação, com oportunidade de livre concorrência, sendo feito um contrato verbal, informal e de forma arbitrária. Vale ressaltar que a empresa tem sócios ligados ao Partido Novo e auxiliou Zema na montagem do secretariado logo após as eleições de 2018.
A CPI também cita Eduardo Soares, diretor jurídico da Cemig, que é apontado como praticante de suposta corrupção passiva durante o processo.
O relatório final tem cerca de 300 páginas e deverá ser analisado nesta sexta-feira, dia 18, pelos demais deputados estaduais da CPI da Cemig. A votação pode ocorrer ainda nesta data.