Na manhã desta quinta-feira (14), três policiais penais foram presos preventivamente em Tupaciguara, no Triângulo Mineiro, sob a acusação de tortura e maus-tratos a presos. Os atos teriam sido motivados por represálias após denúncias feitas pelos detentos ao Ministério Público de Minas Gerais (MPMG). O caso é monitorado pelo Departamento Penitenciário de Minas Gerais (Depen-MG).
As prisões foram realizadas com base em mandados expedidos pela 1ª Vara Criminal e de Execução Penal de Tupaciguara. Além disso, mandados de busca e apreensão foram cumpridos nas residências dos envolvidos, onde a Polícia Militar apreendeu armas, munições, identificações funcionais e celulares.
A investigação começou após uma inspeção realizada pelo MPMG no presídio. Durante a visita, detentos relataram práticas abusivas por parte dos agentes, incluindo agressões físicas e psicológicas. Horas depois, os policiais teriam simulado uma rebelião, utilizando bombas e spray de pimenta contra os internos, segundo as apurações.
Em novembro, novas agressões teriam ocorrido, dessa vez contra os ocupantes de uma cela específica. As denúncias dos presos foram reforçadas por relatos de familiares, o que levou à formalização do pedido de prisão preventiva contra os suspeitos.
O diretor da unidade prisional instaurou uma apuração interna preliminar para verificar os fatos e repassou as informações ao MPMG, que conduziu as investigações em parceria com as autoridades policiais.
Os policiais penais foram encaminhados ao Presídio Professor Jacy de Assis, em Uberlândia, onde permanecerão sob custódia até a realização da audiência e as próximas deliberações judiciais.