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Até onde vai o direito da Havan no caso dos “Amostradinhos”?

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A prática da Havan, rede de lojas de Luciano Hang, de divulgar imagens de suspeitos flagrados cometendo furtos, gerou polêmica.

A estratégia utiliza vídeos virais nas redes sociais para expor criminosos, e muitos veem isso como uma maneira de inibir furtos e reforçar a segurança. No entanto, existem riscos jurídicos e sociais que podem afetar a imagem e os negócios da empresa.

O que são os “Amostradinhos”?

A Havan lançou os vídeos conhecidos como “amostradinhos”, que mostram criminosos flagrados roubando nas lojas da rede.

A série começou em agosto e gerou grande repercussão, com vídeos atingindo milhões de visualizações, como o caso que teve 1,3 milhão de acessos no X (antigo Twitter).

Luciano Hang utiliza uma brincadeira irônica ao se referir aos criminosos como “amostradinhos do mês”, expondo suas imagens como uma tentativa de “justiça imediata”.

Na semana passada, a Havan publicou os Amostradinhos da Madrugada, com imagens de criminosos que tentaram furta uma loja em Cascavel, no Paraná, e acabaram presos.

Resposta à impunidade

Para muitos apoiadores, a divulgação dos vídeos é uma forma de colocar medo em outros criminosos.

Eles acreditam que a Havan age dentro da legalidade, já que registra boletins de ocorrência antes de tornar as imagens públicas.

A exposição serve como um alerta para infratores e atende à crescente sensação de impunidade no Brasil.

Riscos jurídicos e privacidade

Especialistas em privacidade e proteção de dados alertam sobre os riscos legais dessa prática.

Quando a Havan divulga imagens sem uma condenação judicial, ela expõe-se ao risco de ser processada por danos à imagem dos suspeitos.

A Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD) exige que a empresa compartilhe imagens apenas com base legal ou com o consentimento explícito dos envolvidos.

A falta de um processo judicial para verificar as acusações pode gerar consequências jurídicas negativas.

A estratégia pode afetar a reputação da Havan. Associar a marca a furtos e criminalidade pode prejudicar sua imagem, especialmente entre consumidores que discordam da exposição pública sem julgamento formal.

Desdobramentos legais

Apesar das controvérsias, a Havan continua com os “amostradinhos”, apostando que a exposição ajudará a inibir furtos nas lojas. Porém, a prática está longe de estar livre de consequências jurídicas.

Caso as imagens tenham sido divulgadas sem respaldo legal, a empresa pode enfrentar indenizações financeiras.

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