O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) concedeu entrevista à CNN na tarde da última quinta-feira, 22, e fez duras críticas a diversas opções da Direita para as eleições do próximo ano. Declarado inelegível pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Bolsonaro ainda acredita que poderá reverter a situação na justiça a tempo de concorrer à presidência.
Porém, caso não consiga anular sua condenação, Bolsonaro já admite três opções para a disputa, e todas de sua família: seus filhos Flávio e Eduardo Bolsonaro, senador e deputado federal respectivamente, e sua esposa Michele Bolsonaro. No entanto, a candidatura de Michele estaria condicionada à indicação do próprio marido para Ministro da Casa Civil.
“Seria um bom nome com chance de chegar. Óbvio, ela me colocando como ministro da Casa Civil”, afirmou o ex-presidente. “[O Flávio] nasceu em 1981, tem 44 anos, se não me engano. É um excelente nome, está preparado, tem experiência e é um bom articulador, um baita nome. Assim como o Eduardo, que é uma pessoa madura e pode ser uma opção”, acrescentou.
No entanto, nomes da Direita fora de sua família não são bem avaliados pelo ex-mandatário. Ao comentar sobre governadores que poderão concorrer à presidência, Bolsonaro foi mais contido nas palavras. Porém, disparou contra seu ex-parceiro Pablo Marçal, que foi candidato a prefeito de São Paulo no ano passado.
O que pensa Bolsonaro sobre alguns nomes da Direita para 2026:
Tarcísio de Freitas (governador de São Paulo): “Excelente gestor, ninguém nega isso aí. Tem que conversar com o povo o que acha dele, se ele está maduro para representar a direita ou não”.
Romeu Zema (governador de Minas Gerais): “Bom administrador também. Mas, no meu entender conhecido mais em Minas Gerais ainda”.
Ronaldo Caiado (governador de Goiás): “É um Estado com pequena densidade eleitoral. Ele é muito bem avaliado lá, mas não sai de lá, qualquer saída fora dele não tem aceitação. Não tem nome”.
Ratinho Jr (governador do Paraná e filho do apresentador Ratinho): “Me dou muito bem com ele. Pode ser um nome, pode ser um nome para a direita, pode ser. Bom gestor também, mas, digo, não trato desse assunto com ninguém. Até falei demais aqui”.
Pablo Marçal (Coach): “Evito conversar sobre esse cara aí. Carta fora do baralho, não converso sobre esse cara, não, não, não… As medidas dele de… Eu não gosto do Boulos, mas aquele negócio do atestado falso, essa fake dele agora de conversar com o Trump e tinha sido há um tempo atrás… Tem que ter autenticidade, transmitir realmente confiança à população, então ñão vou discutir o Pablo Marçal, deixa ele para lá. Eu acolhi há um tempo atrás, conversei com ele, aqui, chegou na Câmara mostrando a medalha que eu tinha dado para ele como se eu estivesse apoiando ele para a Prefeitura de São Paulo. Não dá para conversar com uma pessoa que conversa contigo aqui e lá fora fala outra coisa completamente diferente. Tem um baita potencial, mas tem que se controlar”.
Gusttavo Lima (cantor sertanejo): “Conversei com ele um tempo atrás, ele queria o Senado, no dia seguinte apareceu a candidatura dele para presidência. Eu tirei o pé. Ele tem idade e tem popularidade. Do resto a gente não conhece, eu não conheço o resto dele. É um nome, no meu entender, um excelente nome para o Senado, mas para a presidência não sei se está maduro para isso ainda”.